Claudia Jurberg
Reunião na sede da FAPERJ contou com a participação, (a partir da esq.), do diretor do CBPF, Márcio Portes Albuquerque; do diretor de Tecnologia Aquilino Senra; do presidente do CNPq, Ricardo Galvão; da diretora Científica Eliete Bouskela; do presidente Jerson Lima; e do vice-diretor do CBPF, João Paulo Sinnecker |
Os presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, e da FAPERJ, Jerson Lima Silva, tiveram um encontro no início desta semana na sede da Fundação, no centro do Rio de Janeiro. Durante a reunião, foi lançada a ideia de a Fundação subsidiar futuros concursados com um “enxoval” de apoio à instalação.
Em junho deste ano, o Governo Federal autorizou o preenchimento de 4.436 vagas em 20 ministérios. Em breve, várias instituições federais de Ciência, Tecnologia e Inovação localizadas no estado abrirão vagas de concurso. A proposta é que os aprovados possam concorrer em um edital FAPERJ a auxílios para instalação de seus laboratórios. Nesse edital, serão avaliados os projetos de cada candidato, o currículo Lattes e a classificação no concurso.
Os diretores Eliete Bouskela e Aquilino Senra, o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Márcio Portes Albuquerque, e o vice-diretor do CBPF, João Paulo Sinnecker, também participaram do encontro. Na pauta, vários temas transversais ao financiamento do sistema de Ciência, Tecnologia, Inovação em âmbito nacional. Um dos assuntos comentados foi a importância de apoio e aporte aos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Outro assunto foi a formação de doutores, as dificuldades de empregabilidade em todo o território nacional e como fixar os jovens cientistas. A cada ano, são 24 mil novos doutores formados e apenas mil conseguem empregos formais. Segundo os participantes, este é um grande desafio a ser superado.
O diretor de Tecnologia da FAPERJ, Aquilino Senra, comentou sobre algumas iniciativas elaboradas pela Fundação para reverter essa situação, citando os programas Doutor Empreendedor e Pesquisador na Empresa. Já a diretora Científica, Eliete Bouskela, contou sobre as ações de equidade e os editais direcionados a mulheres, negros e indígenas, que despertaram grande interesse.
O presidente do CNPq refletiu ainda sobre a importância das séries históricas para estudo das ações afirmativas e propor novos editais com base nos resultados dessas avaliações. Segundo ele, os números de mulheres e homens concorrendo aos editais da agência é semelhante. Ele ressaltou também a importância de aumento da internacionalização da ciência brasileira, refletiu sobre erros do passado, e quais estratégias o CNPq analisa para incrementar o intercâmbio científico.
O histórico de parcerias entre FAPERJ e CNPq foi reforçado por todos os participantes com vistas a construção de projetos futuros.