Por Ascom Faperj
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| Ennio Candotti: uma vida dedicada à Física, à Divulgação Científica e às lutas políticas relacionadas à universidade pública e à institucionalização do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (Foto: Filipe Fittipaldi/Divulgação/Ciência Hoje) |
A direção da FAPERJ se solidariza com as manifestações de pesar pela perda do físico ítalo-brasileiro Ennio Candotti (1942-2023), que morreu nesta quarta-feira, 6 de dezembro, aos 81 anos. Figura marcante na ciência brasileira, ele foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro mandatos, e em 1999 foi declarado Presidente de Honra. Ele participou do projeto de concepção do Museu da Amazônia (Musa), em Manaus, e foi seu primeiro diretor. Nascido na Itália, em 12 de fevereiro, Candotti chegou ao Brasil em 1952 e formou-se em Física em 1964 pela Universidade de São Paulo (USP). Como professor de Física, deu aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Federal do Espírito Santo (Ufes), na Federal do Amazonas (Ufam) e na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Teve papel de destaque na área de Divulgação Científica, sendo editor das Revistas Ciência Hoje, entre 1982 e 1996, e Ciência Hoy (Argentina), em 1988. Também recebeu em 1998 da Unesco o Prêmio Kalinga para popularização da Ciência. Participou ativamente das mobilizações que levaram à criação das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) em diversos estados brasileiros, incluindo a FAPERJ, hoje responsáveis pelo financiamento estadual de diversos estudos desenvolvidos no País.
A SBPC decretou luto oficial nesta quinta, 7 de dezembro. Em nota, a entidade prestou homenagem e relembrou que "Candotti encabeçou lutas contra a ditadura militar, pelo impeachment de Collor, pela difusão da ciência pelo Brasil e por maior reconhecimento da ciência amazônica."
O corpo do cientista será velado em Manaus, no Musa, nesta sexta-feira, dia 8 de dezembro, das 9h às 15h, em cerimônia aberta ao público.
