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Publicado em: 21/12/2023 | Atualizado em: 21/12/2023

1º Prêmio FRIPERJ-FAPERJ-IPP reúne laureados em solenidade na Casa Firjan

Paula Guatimosim

Primeiro lugar na categoria Doutorado, Zelia Freire Caldeira segura o diploma de premiação ao lado da presidente da Comissão Julgadora do Prêmio, Andrea Pulici (à esq.); de Estela Scheinvar, que a orientou em sua tese vencedora; e do representante da Uerj na Comissão Julgadora, Ricardo de Mattos Russo Rafael (Foto: Fabio Caffe/Sgcom/UFRJ)

O auditório da Casa Firjan foi palco, na sexta-feira, 15 de dezembro, da entrega do 1º Prêmio FRIPERJ-FAPERJ-IPP, que selecionou as melhores teses e dissertações de doutorado e mestrado sobre o estado do Rio de Janeiro e a Região Metropolitana. A premiação é uma colaboração entre o Instituto Pereira Passos (IPP), autarquia da Prefeitura do Rio; o Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Friperj) e a FAPERJ. Doze trabalhos foram premiados, entre primeiro e segundo lugares de Doutorado e Mestrado, além de sete menções honrosas – quatro de Mestrado e três de Doutorado, e uma menção honrosa especial, para um trabalho que aborda a capital fluminense.

A comissão julgadora recebeu 242 trabalhos, dos quais 141 dissertações de Mestrado provenientes de 17 instituições e 101 teses de Doutorado conduzidas em 16 instituições. As mulheres foram maioria na submissão de trabalhos, responsáveis por 62% das dissertações de Mestrado e 50% das teses de Doutorado. A análise dos trabalhos ficou a cargo de uma banca formada por doutores indicados de diversas universidades públicas do Rio. Foram distribuídos R$ 46 mil em prêmios, sendo R$ 18 mil para o primeiro colocado na categoria Doutorado – além de uma bolsa de Pós-doutorado oferecida pela FAPERJ; e R$ 12 mil para o segundo colocado. Na categoria Mestrado, os prêmios são de R$ 10 mil e R$ 6 mil, respectivamente.

A coordenadora técnica de Projetos Especiais do IPP, Andréa Paulo da Cunha Pulici, comandou a solenidade, que contou com mesa formada pelo anfitrião do evento, o diretor de Educação e Cultura da Firjan Vinícius Cardoso; pelo presidente da FAPERJ, Jerson Lima; pelo presidente do Friperj, Roberto Rodrigues, reitor da UFRRJ; pelo presidente do IPP, Carlos Krykhtine; pela secretária municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque; e pelo professor, economista e doutor em Planejamento Urbano e Regional Mauro Osorio da Silva.

Na solenidade, o presidente da FAPERJ prometeu publicar todos os trabalhos vencedores, ressaltando que, como uma agência regional, a FAPERJ tem que se voltar para os problemas do estado do Rio de Janeiro. Ele anunciou, ainda, o lançamento do programa Nova Trip, que, nos moldes do programa da Embrapii, fará uma ponte entre as demandas das empresas e as soluções apresentadas pelas instituições. Vinícius Cardoso destacou que o prêmio é a culminância de um grande esforço de trabalho e disse que espera ser um incentivo para que os ganhadores deem continuidade às suas pesquisas.

O presidente do Friperj lembrou que o fórum de reitores foi criado num momento em que as instituições de pesquisa passavam por ataques e dificuldades, como falta de orçamento para arcar com as contas.  “Nossa união não foi apenas para nos defendermos, mas porque entendemos que podíamos propor pautas e políticas públicas para o País”, alegou Rodrigues. Ele considera a instituição do prêmio o primeiro passo para a consolidação do Friperj no Estado do Rio, “que vem passando por uma crise institucional”. A secretária de Ciência e Tecnologia do município, Tatiana Roque, também ressaltou que é preciso usar o conhecimento gerado nas instituições de pesquisa em prol do estado do Rio de Janeiro. Tatiana destacou, ainda, a importância da pesquisa no enfrentamento das mudanças climáticas e para reduzir as desigualdades sociais. Para ela, o prêmio é o primeiro passo; o segundo será “a implementação dessas ideias”, afirmou.

Autor da tese Análise Sobre os Padrões de Inserção das Universidades em Arranjos Produtivos Locais Através de Estudo de Caso, Israel Sanches Marcellino segura o diploma de premiação ao lado da pró-reitora de Pesquisa da UniRio, Cleonice Alves, e do presidente da FAPERJ, Jerson Lima (Foto: Fabio Caffe/Sgcom/UFRJ) 

Carlos Krykhtine, presidente do IPP, destacou o novo Núcleo de Divulgação estruturado pelo Instituto e as novas publicações da instituição. Considera que o IPP foi convidado para colaborar na organização do prêmio devido à realização do Maurício de Almeida Abreu, quando o Instituto escolhe os melhores trabalhos sobre desenvolvimento da Cidade do Rio.

O primeiro lugar na categoria Doutorado foi o trabalho “A produção “Mães do Crack”: desconstruções e deslocamentos”, de Zelia Freire Caldeira, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPFH - Uerj). O trabalho, que recebeu um prêmio de R$ 18 mil, estuda as lógicas das políticas públicas instituídas no Brasil, relacionadas às práticas de cuidados de mulheres gestantes, usuárias de crack em situação de rua no Rio de Janeiro. Para Zelia, o prêmio é uma porta aberta para subsidiar políticas públicas que possam ajudar a  solucionar os problemas do estado do Rio de Janeiro. “O resultado de uma pesquisa deve servir de subsídio para mudar a realidade do nosso estado e do nosso País”, sublinhou.

Já o primeiro lugar das dissertações de Mestrado ficou para Leandro Galheigo Damaceno, com “Trajetória institucional e desigualdade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, mestrando do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPED – UFRJ), que foi contemplado com um prêmio de R$10 mil. Ele, que é servidor público, levou a esposa e os quatro filhos (um de colo) à solenidade de premiação e disse que seu trabalho é resultado de inquietações e da observação do ambiente institucional. A Menção Honrosa Especial foi concedida ao trabalho “Patrimônio cultural e memória do subúrbio de Madureira - RJ: o mapeamento cultural como ferramenta de valoração”, pesquisa de Alyne Fernanda Cardoso Reis. Ela agradeceu ao prêmio FRIPERJ-FAPERJ-IPP por colocar em evidência o bairro de Madureira, “um território periférico invisível”. Veja aqui a lista completa dos contemplados e suas pesquisas.

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