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Publicado em: 14/03/2024 | Atualizado em: 14/03/2024

Brasília é palco do 63º Fórum Nacional Consecti & Confap

Débora Motta, de Brasília

Em seu 63º Fórum Nacional, integrantes do Consecti e do Confap se reuniram em plenária para debater as estratégias e os rumos do fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) no País (Fotos: Kennedy Barros/Divulgação Confap)

A importância das políticas de popularização da Ciência e do fortalecimento do sistema nacional de fomento à pesquisa, formado pela articulação entre as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e as agências federais, foi a tônica dos discursos na abertura do 63º Fórum Nacional Consecti & Confap – que reúne os representantes do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de C,T&I e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. O encontro, que teve início na noite de quarta-feira, 13 de março, e vai até sábado, dia 15, reúne na capital federal representantes de todas as FAPs e secretários de Estado para discutir estratégias de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I). Durante a cerimônia, realizada no espaço Sesi Lab, houve a entrega dos prêmios Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação Johanna Döbereiner e de Boas Práticas em Fomento à C,T&I.

O secretário de C,T&I do Distrito Federal, Leonardo Reisman, destacou a relevância da divulgação científica para atrair novos talentos para as carreiras científicas. “Temos pensado bastante sobre como formatar startups e ecossistemas de inovação, mas as políticas para popularização da Ciência ainda são pouco exploradas. Elas podem ajudar a despertar nos jovens o desejo de se tornarem cientistas, que deve caminhar lado a lado com o desejo de se tornarem empreendedores”, disse.

O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Marco Antônio Costa Júnior, concordou com a importância da divulgação científica e lembrou de uma feliz coincidência: “Brasília completa 63 anos desde sua fundação e esse é o 63º Fórum Nacional Consecti & Confap. Planejando estratégias para o desenvolvimento científico do País, estamos reunidos para alinhar diretrizes e fazer com que os orçamentos das FAPs e secretarias estaduais sejam preservados e bem executados”, ressaltou.

O presidente do Consecti, Silvio Bulhões, que é secretário estadual de C,T&I em Alagoas, expressou otimismo em relação à atual política nacional de fomento à pesquisa. “Estamos em um momento aquecido para a construção de uma política nacional sólida e participativa para a C,T&I, com um canal de comunicação aberto no ministério. É importante estarmos articulados para apontar no mesmo Norte e potencializar os resultados nos estados, seguindo a estratégia nacional de fomento”, ponderou.

Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Denise Pires de Carvalho, que foi reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reafirmou a necessidade de dar continuidade ao projeto de reconstrução política e orçamentária da C,T&I no País

O presidente do Confap, Odir Dellagostin, médico veterinário e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), colocou a rede das FAPs à disposição para a articulação de iniciativas de colaboração com as secretarias estaduais. “Precisamos somar esforços estaduais e federais para gerar resultados mais robustos. Esse encontro é fundamental para definir os rumos das estratégias de fomento à C,T&I no Brasil”, pontuou. Ele também falou sobre a importância da popularização da Ciência para a valorização do papel do cientista na sociedade, destacando que uma das categorias do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação Johanna Döbereiner é voltada para profissionais de comunicação especializados em jornalismo científico. “Precisamos comunicar a Ciência de forma mais efetiva”, completou.  

Secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Manuel Rebelo Fernandes destacou a necessidade do estabelecimento de uma política de Estado contínua para a gestão e fomento da C,T&I, independente das mudanças políticas nos governos. “A pauta estabelecida nos encontros do Consecti & Confap garante uma ação conjunta que dá continuidade às políticas de fomento à pesquisa e inovação, para além das substituições de gestores, decorrentes do processo democrático. A continuidade das ações de fomento do Sistema Nacional de C,T&I se deve à atuação permanente das Secretarias de Estado e das FAPs, junto às agências de fomento federais. Vivemos um momento de confiança, com a recomposição integral do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], a principal fonte de recursos à pesquisa no País”, afirmou Fernandes.

O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, comemorou a recomposição orçamentária do FNDCT e do MCTI. “A ciência voltou sim, e as colaborações devem ser bem articuladas, pois nosso sistema deve ser integrado. O lançamento de novos INCTs [Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia], programa que envolve 17 FAPs, é uma prova concreta do que a articulação entre as agências estaduais e federais pode realizar”, disse Galvão, citando a Iniciativa Amazônia+10 como outro exemplo bem-sucedido de parceria entre as agências.

A chefe da Assessoria de Relações Internacionais da FAPERJ, Vania Paschoalin, e a assessora Beatriz Ramadas, ao lado do presidente do Confap, Odir Dellagostin (Foto: Débora Motta/Faperj)

A presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Denise Pires de Carvalho, que foi reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reafirmou a necessidade de dar continuidade ao projeto de reconstrução política e orçamentária da C,T&I no País. “Estamos em Brasília, capital fundada no período desenvolvimentista, há 63 anos. Naquele momento, houve a implantação de diversas universidades públicas brasileiras, tardiamente, se considerarmos o contexto da América Latina. Mas apesar disso, as duas agências federais de fomento, Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], fundadas em 1951, deram a base para a criação posterior do próprio Ministério da Ciência, que ocorreu apenas em 1985. O Brasil demorou a ter um Ministério e ainda há quem o questione. Recentemente, ouvimos que a Capes deveria ser extinta e que o CNPq e Capes deveriam ser fundidos. Vamos esquecer esse Brasil e investir na importância da Ciência para nossa soberania”, ressaltou.

Por sua vez, o diretor Científico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Carlos Alberto Aragão, complementou o debate com mais dados sobre a história da institucionalização do fomento à pesquisa no País. “A Finep foi criada em 1967, e o Ministério da Ciência e Tecnologia, então MCT, agregou a Inovação em seu nome, tornando-se MCTI, em 2011. O Brasil caminhou a passos largos para constituir o que hoje chamamos de Sistema Nacional de C,T&I. Somos um País muito jovem, mas com um conjunto de universidades, centros de pesquisa, empresas de base tecnológica e agências de fomento estaduais e federais, que devem ser ferramentas para o desenvolvimento sustentável da nação”, concluiu.

Para a chefe da Assessoria de Relações Internacionais da FAPERJ, Vania Paschoalin, a Fundação continua articulando com o Confap a celebração de acordos com diferentes parceiros internacionais. "Durante a 63a reunião do Fórum tivemos oportunidade de nos reunir com representantes da Itália, Reino Unido, Austrália e Bélgica, visando estabelecer atividades conjuntas com lançamentos em um futuro próximo. O interesse da comunidade científica fluminense nas ações de apoio a cooperações internacionais tem sido cada vez maior", disse. "A Fundação tem apoiado propostas em áreas distintas e tem expandido o financiamento a diferentes países", acrescentou. 

Em seguida, foi realizada a entrega dos troféus aos contemplados nos Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação Johanna Döbereiner e no Prêmio de Boas Práticas em Fomento à C,T&I, iniciativas do Confap, com patrocínio da Finep e apoio do CNPq. Confira aqui a lista dos pesquisadores agraciados.

A FAPERJ está sendo representada no Fórum pela chefe da Assessoria de Relações Internacionais da Fundação, Vania Paschoalin, acompanhada da assessora Beatriz Ramadas. Durante a tarde desta quinta-feira, elas participaram de reunião que discutiu parcerias em andamento com agências internacionais de fomento à C,T&I e novas oportunidades de cooperação.

Veja a transmissão online na íntegra da cerimônia de abertura do 63º Fórum Nacional Consecti & Confap: https://www.youtube.com/live/13pWdy9tJnI?si=Odx3MtNH7mDq5cTT 

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