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Publicado em: 30/01/2025 | Atualizado em: 31/01/2025

Farinha de mandioca e abacaxi do interior do Rio de Janeiro rumo ao reconhecimento nacional

Cristina Cruz

A farinha feita com a mandioca de São Francisco de Itabapoana, famosa por dispensar temperos na preparação da farofa, pode ganhar destaque nacional com a obtenção do registro de Indicação Geográfica (Foto: Thamyres Siqueira Freire)

A produção da farinha de mandioca e do abacaxi do Norte Fluminense deu mais um importante passo em busca do registro de Indicação Geográfica (IG) no estado do Rio de Janeiro. A farinha, famosa por dispensar temperos na preparação da farofa, e o abacaxi, produzido em quatro municípios da região, destacam-se como símbolos da tradição e da excelência agrícola fluminense.

Produtos como o queijo da Canastra, que ganhou destaque nacional após obter o selo de IG, são exemplos de como esse reconhecimento pode transformar a realidade de pequenos produtores. A obtenção do registro de Indicação Geográfica tem um papel estratégico para o Rio de Janeiro. Além de estimular a economia local, valoriza a identidade cultural das comunidades e cria novas oportunidades de desenvolvimento sustentável.

Em 2022, a FAPERJ lançou edital de Apoio à Promoção de Indicações Geográficas no Estado do Rio de Janeiro, que aprovou 10 projetos, totalizando um investimento de R$ 3,9 milhões. Projetos para a farinha de mandioca e o abacaxi do Norte Fluminense estavam entre os contemplados.

A presidente da FAPERJ, Caroline Alves, ressaltou o impacto do investimento em ciência e inovação para o fortalecimento do interior do estado. “Ficamos felizes em ver que o fomento permite resultados palpáveis. Quando o interior é fortalecido, o estado do Rio avança como um todo”, declarou Caroline. Para 2025, a FAPERJ anunciou um investimento de mais de R$ 600 milhões em projetos científicos e tecnológicos, reforçando a importância do apoio à agricultura e à pesquisa.

O registro de indicação geográfica garante o reconhecimento oficial de que esses produtos possuem características exclusivas ligadas ao solo, clima e cultura local. “Isso traz benefícios diretos aos produtores, como maior valorização no mercado e aumento da rentabilidade”, explica a professora Janie Jasmim, coordenadora da IG do abacaxi. A iniciativa é um divisor de águas para a região, permitindo que os produtores certificados utilizem um selo de qualidade, atraindo mais consumidores e expandindo os mercados.

Com essa conquista, a farinha de mandioca de São Francisco de Itabapoana e o abacaxi do Norte Fluminense se preparam para se tornar referência em produtos de qualidade, unindo tradição, ciência e inovação. A parceria entre agricultores, instituições de ensino e órgãos de fomento demonstra que, com trabalho conjunto, o estado pode alcançar novos patamares no cenário agrícola e econômico nacional.

Abacaxi produzido na Região do Norte Fluminense: obtenção do registro de Indicação Geográfica pode contribuir para que produtores certificados, utilizando um selo de qualidade, atraiam mais consumidores, expandindo os mercados (Foto: Divulgação)

Os laudos de Denominação de Origem e Indicação de Procedência, que reconhecem a qualidade única desses produtos cultivados no interior do Rio de Janeiro, já foram assinados.

“O laudo de delimitação é a fase final da reunião dos documentos necessários para o pedido de Indicação Geográfica (IG), marcando a reta final desse processo. Agora, começam os trabalhos de divulgação da qualidade do produto e do selo. É neste momento que os produtores e toda a cadeia da farinha de mandioca precisam se organizar para atender melhor o mercado, garantindo que continuem fazendo jus à qualidade e ao selo que vão receber”, explicou Ricardo Tadeu Galvão Pereira, coordenador do projeto da IG da Farinha de Mandioca. 

Benefícios da Certificação:

  1. Valorização do Produto Local: Destaca a singularidade da farinha, promovendo sua identidade no mercado nacional e internacional.
  1. Fortalecimento da Economia Local: Impulsiona a renda dos produtores e fomenta o desenvolvimento regional.
  1. Preservação Cultural e Histórica: Protege o saber-fazer tradicional da comunidade e a memória coletiva associada ao produto.
  1. Aumento da Competitividade: Atribui um selo de qualidade ao produto, diferenciando-o no mercado.
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